segunda-feira, dezembro 27, 2010

"É aterrorizante você se abrir para o fracasso de tentar algo que pode não funcionar." Will Smith

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Sonne

Petrifica...

lembranças para que eu possa tocar.

domingo, junho 06, 2010

quarta-feira, maio 12, 2010

distraída e observadora


sou as duas coisas...
não sei dizer quando, acontece.

quinta-feira, abril 29, 2010

"Caros amigos: O homem criou Deus, não Deus o homem".
Giuseppe Garibaldi

domingo, abril 25, 2010

22



When she was 22 the future looked bright
But she's nearly 30 now and she's out every night
I see that look in her face she's got that look in her eye
She's thinking how did I get here and wondering why

It's sad but it's true how society says
Her life is already over
There's nothing to do and there's nothing to say
Til the man of her dreams comes along picks her up
and puts her over his shoulder

It seems so unlikely in this day and age

She's got an alright job but it's not a career
Wherever she thinks about it, it brings her to tears
Cause all she wants is a boyfriend
She gets one-night stands
She's thinking how did I get here
I'm doing all that I can

It's sad but it's true how society says
Her life is already over
There's nothing to do and there's nothing to say
Til the man of her dreams comes along picks her up
and puts her over his shoulder
It seems so unlikely in this day and age

It's sad but it's true how society says
Her life is already over
There's nothing to do and there's nothing to say
Til the man of her dreams comes along picks her up
and puts her over his shoulder
It seems so unlikely in this day and age

Lily Allen

quarta-feira, abril 14, 2010

Eels


Eels (também escrito como EELS ou The EELS) é uma banda de rock americana formada pelo cantor e compositor Mark Oliver Everett, apelidado como "Mr. E", ou apenas "E", que é conhecido por escrever músicas intensamente pessoais e profundas, tratando sobre temas como a morte, perturbações mentais, solidão e amores não correspondidos.

Fonte: wikipédia

"É verdade que a única coisa que se pediu a nossa geração é que ela fosse capaz de lidar com o desespero."

Albert Camus, 1944.

terça-feira, abril 13, 2010

Existencialismo e Arte Existencial

Doutrina filosófica e literária, pertencente aos séculos XIX e XX, o existencialismo, foi inspirado nas obras de Arthur Schopenhauer, Søren Kierkeqaard, Fiódor Dostoievski, Albert Camus e nos filósofos alemães Friedrich Nietzsche, Edmund Husserl e Martin Heidegger, e popularizado em meados do século XX pelas obras do escritor e filosofo francês Jean-Paul Sartre e de sua companheira, a escritora e filósofa Simone de Beauvoir.

A doutrina retrata a liberdade individual, o peso que esta representa, a responsabilidade, e a subjetividade do ser.

O existir é tido como a dimensão primária, e é a partir dele que se deriva todo o resto. Precede até mesmo a própria essência do indivíduo. Não há uma predefinição do ser.

No princípio tem-se apenas a existência comprovada, e antes de qualquer outra coisa, o homem é nada. Só depois será do modo como se fizer.

A essência é construída e transformada à medida que se passa a adquirir novas vivências. Desse modo, os existencialistas negam a idéia de que o ser humano possua uma alma imutável, e que esta, portanto, sofre mudanças desde o primórdio da vida até o fim dela.

A liberdade é vista sob um aspecto negativo, ao ponto de se dizer que o homem é condenado a tê-la.

Frente à grande responsabilidade de sermos, como consideram os existencialistas, totalmente livres, o homem consciente de que é só no mundo, conhece a dificuldade em ter a possibilidade de viver o que quer que escolha. A liberdade tão almejada é, na verdade, um grande fardo.

Só é possível conhecê-la, verdadeiramente, quando se possui essa consciência e vive-se de fato a solidão. Ainda assim, o ser humano é, para os filósofos desta doutrina, sempre livre e sozinho em qualquer circunstância.

Totalmente livre e só, o homem é posto diante de si mesmo. O que explica a intensidade da problemática de se ter ao alcance qualquer decisão.

Algo, muito observado na contemporaneidade, é a opção por nada se fazer, ao invés de se arriscar a tomar uma atitude nunca antes idealizada, e assim evitar qualquer tipo de comprometimento futuro.

As particularidades observadas sugerem o contexto do momento em que o existencialismo surgiu, no final da Segunda Guerra Mundial. Refletem o absurdo do mundo, visto e vivenciado nas atrocidades deixadas pelo conflito.

As idéias formuladas e defendidas pela corrente existencialista retratam a essência exalada por esse período conturbado, e influenciam o campo das artes, tornando-se parte da linguagem crítica artística nos anos 50.

Anos posteriores à guerra tem-se a “ofensiva existencialista”, segundo denomina Beauvoir, que se trata de um grande repertório de livros, peças teatrais e artigos de autoria de Albert Camus, Sartre, Beauvoir e Jean Genet, recebido com entusiasmo pelas pessoas abaladas e desiludidas com a guerra.

Na série Reféns, de pinturas e esculturas, Fautrier exprime a angústia e o absurdo existencialistas, ao retratar em sua obra o sofrimento das pessoas torturadas durante o conflito. Fez-se uso de técnicas que causassem o efeito de carne mutilada.

Exposta pela primeira vez, a série causou tumulto. Não se tratava de um conjunto de obras artísticas que visava apenas atingir o campo das artes, tinha intrínseco o intuito de chocar, mostrar não só às pessoas da época, mas a todas as gerações que ainda estavam por vir, as atrocidades cometidas.

Giacometti é considerado o artista arquetípico do existencialismo. Retratava a forma humana exprimindo fragilidade. Representava-a em espaços amplos, conseguindo captar e expressar a solidão do homem, perdido em sua própria essência, em uma constante busca de se reconstruir a cada dia que passa.

Muito difundida nos anos 50, a corrente existencialista também afetou a moda, e o público alvo foram os jovens, que passaram a viver de forma mais intensa a chamada infelicidade existencialista.

Nos anos 60, o caráter individualista sofre supressão em prol do egocentrismo. A arte existencial é desafiada por uma nova geração, e a imagem do homem como um ser único não é mais válida dentro dessa nova concepção artística, que busca criar uma arte em que o indivíduo esteja em harmonia com os outros e com o meio que vivencia.




"Sim, faço pinturas e esculturas e sempre as fiz desde que comecei a desenhar ou pintar, para denunciar a realidade, defender-me, tornar-me mais forte... para ter uma base de apoio, para me poder movimentar em qualquer campo e em qualquer direção, para me proteger da fome, do frio e da morte, para ser livre."

Alberto Giacometti

TRABALHO DE TEORIA E HISTÓRIA DA ARTE 2008/2

segunda-feira, abril 12, 2010

segunda-feira, abril 05, 2010

terça-feira, março 30, 2010

216


"Onde se encontra o porto final de onde não partiremos mais?
Onde navega o mundo que não cansará nem aos mais cansados?
Onde se oculta o pai da criança exposta?
Nossas almas são como órfãos cujas mães morrem ao dar à luz.
O segredo da nossa paternidade jaz no seu túmulo e temos de ir até lá para conhecê-lo."

domingo, março 21, 2010

Dilua Amor

Dia Internacional da Síndrome de Down
21/03

David e Carmen Posadas

sexta-feira, março 19, 2010

susceptível

não estamos estáveis
talvez estejamos em equilíbrio
há algo que nos puxe ou empurre.

sábado, março 13, 2010

Lonely World

When i reminisce ignorance was bliss,
Back in the days where the magic exist
Never be the same as it was, 'cuz the way it was
Just another day in the maze of a myth
Had a lot of fun living life on the run,
Never had a chance to pause to get a better glance
Everything was free and everything was fast
Never even thought it wouldn't last
When you go the mind of a man in the middle
Life is just a big fat riddle, so figure it out
Always thinking that you know
Everything little thing there is to know
But you don't really know, ya know?
It's like love, some people get it
For some it's just a glove that just never fitted
For me it's just a pain in the ass
But i'm addicted to the taste of hopin' it could last

Another day another night inside a lonely world
Another game another fight inside a lonely world
Another wrong another right inside a lonely world
Such a lonely world, such a lonely world
Who's the man (the man in the middle)

Maybe i'm a target for people that are bitter
At least i can say that i've never been a quitter
I remember high school, man i hated high school
It was like prison with bullies always putting me down
Just a little skater boy they could pick on
I learned to forgive'em, now i got the balls they can lick on
I loved sneakin' out when my mom was asleep
With my gothic girlfriend makin' love in the creek
With the mind of a man in the middle
It could be the end of the world as we know it
Still i never want it all, and i never want it now
I just want to cruise, if i loose then i'll figure it out
How the times flies, even with the blink of an eye
When you're young you absorb like a sponge in disguise
Then you get a little older and gather your thoughts
It's amazing what you learn
When you've never been taught, ya know?

Another day another night inside a lonely world
Another game another fight inside a lonely world
Another wrong another right inside a lonely world
Such a lonely world, such a lonely world
Who's the man (the man in the middle)


No matter how hard i can try inside a lonely world
No one can hear me when i cry inside a lonely world
I'll never know the reasons why inside a lonely world
Such a lonely world (such a lonely world)


Another day another night inside a lonely world
Another game another fight inside a lonely world
Another wrong another right inside a lonely world
Such a lonely world, such a lonely world
Who's the man (the man in the middle)

Limp Bizkit

quinta-feira, março 11, 2010

segunda-feira, março 08, 2010

que-brá-vel

quebrável
sentir o quebrável
a própria palavra
vê como desmancha na boca

sexta-feira, março 05, 2010

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

30 de julho de 2008

Me acostumei tanto a essa rotina sem graça, que tenho até um pouco de medo de tudo que pode acontecer. Eu quero de verdade. Mas só agora me dou conta. E não que eu tenha evitado me sentir assim. Só não pensava em nada que envolvesse o que vem depois.
Então, há uns dois dias, me despertei para o novo. E me lembrei o quanto é estranho o primeiro dia de qualquer coisa. E isso apavora um pouco, quis até ficar por aqui.
Sonhei alguma coisa. Um primeiro dia nada agradável, e por ser um sonho, sem nenhum sentido também. Se ainda não tinha evitado, é uma boa hora. Não tem porquê enlouquecer por conta disso. Vai levar um tempo para acostumar, mas isso acontece. E daqui a um mês, tudo vai estar diferente, e ao mesmo tempo, normal.

terça-feira, fevereiro 02, 2010

the perfect crazy!

eu ligo no sentido de meia verdade

"Todos caminhos trilham pra a gente se ver
Todas trilhas caminham pra se achar, viu?
Eu ligo no sentido de meia verdade
Metade inteira chora de felicidade

A qualquer distância o outro te alcança
Erudito som de batidão
Dia e noite céu de pé no chão
O detalhe que o coração atenta

Você passa, eu paro
Você faz, eu falo
Mas a gente no quarto sente o gosto bom que o oposto tem
Não sei, mas sinto, uma força que embala tudo
Falo por ouvir o mundo, tudo diferente de um jeito bate"

Tudo Diferente de André Carvalho

domingo, janeiro 31, 2010

sábado, janeiro 30, 2010

Correndo com tesouras

“Exatamente pela mesma razão, às vezes é bom a gente se cortar e sangrar. Naqueles dias cinzentos em que as oito horas da manhã não parecem diferentes do meio-dia, e em que nada aconteceu nem vai acontecer, e em que você lava um copo na pia e ele quebra, acidentalmente, e perfura sua pele. E aí vem aquele vermelho chocante, a coisa mais luminosa do dia, tão vibrante que chega a zumbir, aquele sangue seu. Às vezes é legal, porque ao menos a gente sabe que está vivo.”

NINA

Jogo da Vida (Stephan Doitschinoff)

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Com champignon

Esta é uma história de amor, embora algum leitor possa protestar que instintos menos nobres a dominem. Envolve uma mulher, um homem e um sentimento entre os dois. Se não quiserem chamá-lo de Amor, tanto faz. Uma rosa com outro nome teria o mesmo aroma etc, etc.

Encontraram-se em frente às sopas enlatadas. Ele examinava uma soupe a l'oignon, ela pegou distraidamente um creme de lagosta, bateu no braço dele e deixou cair a lata. Desculparam-se mutuamente; sorriram-se, e em pouco tempo estavam conversando. Sobre sopas, a princípio e – à medida que percorriam as prateleiras – sobre outros interesses comuns, sólidos e líquidos. Quando chegaram aos queijos, já tinham descoberto várias afinidades. A principal era um gosto pelo champignon que beirava a paixão. Os olhos dos dois brilharam quando descobriram isto. O ar se carregou de eletricidade quando seus olhos iluminados se encontraram e a conversa era sobre champignon. Se era Amor ou outra coisa, que importa?

Devo esclarecer que nem ele nem ela eram jovens. Estavam naquela idade crepuscular onde o espírito está disposto mas a carne já vacila, e o senso do ridículo intercepta o desejo para frustrar qualquer paixão além da mesa. Mas ainda havia, nos dois – como uma débil chama sob a caçarola, só o bastante para manter morno o molho, mas longe da ebulição – um saudável apetite pela vida. Ou, pelo menos, a morna memória de um apetite.

– Conheço uma receita de champignon... – disse ela, baixando os olhos como uma provocação.

Ele chegou perto para superar.

– Como são?

– Recheados.

­– Mmmm.

– Só me faltam trufas para completar a receita comme Il faut. Nunca encontro trufas...

– Meus champignons recheados finalmente com trufas! É um sonho que tenho desde que...

– Desde que?

– Desde que meu marido morreu.

Ele engoliu em seco. Estavam agora na seção de bebidas.

– Seu marido tinha trufas?

– Não. Não é isso... – Ela parecia alvoroçada. Pegou uma garrafa de Grand Marnier para disfarçar seu embaraço. É que comecei a cozinhar depois que meu marido faleceu. Para encher o tempo. O meu grande prato é o champignon recheado. Mas nunca fiz com trufas.

– Há quantos anos você...

– Sim?

– Está sem trufas?

Ela estava rubra como um rabanete por fora.

– Doze anos.

– Curioso. Nos cinco anos desde que minha esposa faleceu, recebo trufas regularmente, de um sobrinho que mora na França. Mas, fora um ou outro molho, que a minha cozinheira invariavelmente estraga, não sei o que fazer com as minhas trufas...

Alguma coisa pairou sobre o silêncio que se fez entre os dois naquele instante. Alguma coisa ainda disforme, a sugestão da sombra da possibilidade de uma idéia. Não podiam ter certeza que daria certo. Às vezes esta tudo conforme a receita – champignon dos grandes, o recheio de queijo, a manteiga e o creme para o molho, as trufas acrescentadas ao molho antes de gratinar – e não da certo. Mas como saber, sem provar?

Esta história tem dois finais, à escolha do leitor. Doce ou amargo, como as sutis variações da cozinha oriental. Num final ele pergunta para ela “Você quer?” E ela faz que sim com a cabeça. Então ele pergunta: “Na minha casa ou na sua?” E ela responde: “Na minha, porque eu conheço a cozinha...” No outro final, os dois se despedem, nunca mais se vêem, e o espectro de uma possível sauce com trufas perfeitas para os champignons recheados fica vagando entre as prateleiras, por todos os tempos.

Luis Fernando Verissimo